O Sindicato da Indústria de Laticínios no Estado do Ceará (Sindlacticínios) esteve reunido na tarde desta quarta-feira (9) para discutir os principais direcionamentos para a indústria láctea do Ceará no ano de 2023. A reunião aconteceu na cobertura da FIEC e foi conduzida pelo presidente do Sindlacticinios, José Antunes Mota.
As discussões tiveram foco no estabelecimento de três principais pautas para o ano, com medidas de interesse geral da categoria: melhoria na qualidade do leite, a construção de uma força-tarefa para combater a venda de queijos não-regulares e a busca por benefícios junto ao governo para o fortalecimento da categoria.
Temas de interesse para a inovação da indústria de laticínios foram tratados na reunião, como o conceito de leite SPOT e as métricas de precificação na compra do leite. Fernando Saito, consultor da Alvoar Lácteos, comentou sobre o desenvolvimento de um modelo de precificação mais benéfico no mercado local. “Estamos trabalhando numa nova política de preços junto à indústria e aos produtores para haver uma melhoria de gestão de valores e o crescimento de valor na cadeia do leite, tanto para o setor quanto para a Alvoar. Nós temos níveis de qualidade de leite diferentes entres os produtores e essa qualidade precisa ser um fator intrínseco de remuneração”, ressaltou.
O presidente do Sindlacticínios, José Antunes Mota, destacou os esforços do Sindicato para o fornecimento do melhor produto aos consumidores cearenses. “Nós estamos tentando fazer um conjunto de ações para melhorar toda essa cadeia, desde o produtor ao supermercado. Quem será beneficiado? O consumidor, que é para onde a gente tem que dirigir todas as ações. Com o consumidor estando satisfeito, a indústria produz mais, dá mais emprego, tem mais leite, e é tudo uma cadeia”, pontuou.
“Tivemos um grupo importante reunido aqui hoje e foi um bate-papo de muito aprendizado. A gente sai daqui com as pautas principais definidas para o ano de 2023 do sindicato. A gente entende que o estado do Ceará precisa evoluir na fiscalização de queijos que estão vindo de outros estados de formas ilegais, principalmente do estado do Pará, e isso atrapalha muito o mercado local”, destacou Davi Girão, diretor de captação da Alvoar Lácteos.
O momento contou também com uma palestra de Yago Sartori, diretor tecnológico do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de Minas Gerais (Silemg), que trouxe uma análise do impacto do estabelecimento do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite) no estado mineiro.